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GIDRAIL: Pequena cidade localizado nas proximidades do enorme deserto do norte.
 

Há muito tempo, um pequeno grupo de famílias nômades viviam nos desertos ao norte do continente de Qatrik. Suas famílias viviam há tantas gerações nesse deserto que não sabiam da existência dos verdes campos, apesar de seguirem sempre há uma mesma direção por décadas, nunca chegavam a lugar algum, permaneciam presos no deserto.
 

Acontece que um raro fenômeno ocorre nessa região, onde o senso de direção não existe, diversas miragens enganam os que ousam enfrentar o deserto, e também há diversas criaturas noturnas que podem ser a fonte de alimento e água dos que estão no deserto, ou vice-versa.
 

Há algumas décadas andando no deserto, o vento trouxe um grande tecido resistente de algodão. Enquanto as famílias estavam decidindo o que fazer com o material, as crianças brincavam correndo com o algodão em cima das dunas. Quando um vento forte fez uma criança voar bem alto, ela viu toda a extensão do deserto, mas havia uma região ao sul que era verde. Após cair com o tecido em mãos, informou aos seus pais, que acreditaram que era uma miragem.
 

Algum tempo se passou, e um dos adultos, Gil, projetou um pequeno barco com galhos secos, amarrados usando couro das criaturas que os atacavam durante a noite e, assim, conseguiu criar um meio de transporte mais rápido, mas que dependia do vento. Despediu-se de seus familiares e optou por seguir viagem sozinho a fim de buscar essa região verde, e prometeu que voltaria para sua família no futuro.

Após duras caminhadas carregando seu equipamento quando não havia vento ou quando o vento estava contrário a região que sabia que deveria seguir, em alguns meses conseguiu chegar às terras verdes. Ele sabia que não poderia demorar para voltar, e por isso continuou seguindo pela terra rente ao mar até chegar em Vila Velha. 
 

Após fazer um alvoroço no centro da cidade e explicando sua situação, um viajante, Dário, se comoveu com o desespero de Gil. Após alimentá-lo e ouvir sua história detalhadamente, não soube explicar o fenômeno do deserto, mas o entregou um sextante e uma bússula, além disso, levou-o para conhecer um inventor, que prontamente aprimorou seu “barquinho a velas” para usar novamente no deserto.

Gil aprendeu a usar o equipamento e voltou para o deserto a fim de buscar sua família, além disso, levou alguns papéis para anotar regiões em que já esteve e também buscando entender o fenômeno do deserto.

O tempo que levou para encontrar sua família e os levar para fora do deserto foi algo que levou quase uma década.
 

Ao observarem o verde e o mar pela primeira vez, batizaram a região inóspita de Gil-Dário, e com o tempo os mais novos passaram a dizer rápido “Gildráio”, e depois “Gidráil”.
 

Os familiares não gostaram da cidade de Vila Velha, pois alagava muito quando chovia e não se sentiram em casa na região, pois fedia e não se acostumaram com o odor. Retornaram para a entrada do “deserto de Gidrail” e fundaram sua própria cidade, com ajuda de Vila Velha obtiveram êxito nas plantações e já não precisavam depender do deserto, mas, a fim de nunca se esquecessem de onde vieram, como ritual de passagem, os jovens adultos deveriam passar um ano no deserto apenas com o que tinham. Dessa forma, valorizariam tudo o que tinham em sua pequena cidade. E é assim até hoje.

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