AGAH: Reino dos orcs.
Há muito tempo, quando os elfos exploravam a Terra de Ninguém, a descoberta acidental de pedras contendo grande luminosidade modificou alguns líderes elfos, tornando-os criaturas diferentes dos demais. Alguns perderam a sanidade e desapareceram, outros tornaram-se apenas criaturas sem consciência, e outros uma espécie diferente de elfos. Acredita-se que os primeiros orcs surgiram daí.
No princípio, os orcs escondiam-se em cavernas, buracos e túneis devido à sensibilidade da pele causada pela transmutação do corpo. Com o tempo, esqueceram seus próprios nomes e passaram a comer qualquer criatura subterrânea para sobreviver, alguns caçavam de noite e aprenderam a utilizar a lama e o lodo para manter a pele úmida e protegida do sol.
A transmutação dos líderes, quando estável, tornou seus corpos mais fortes e resistentes do que antes. Não precisavam mais se cobrir de lodo, terra, tinta e ossos, mas as novas gerações de orcs acreditavam que fazia parte da cultura orc deles, para camuflar odor e os tornar guerreiros mais assustadores, e assim continuou.
A primeira tribo foi criada por Agah, um elfo ancião transmutado que era idolatrado como um deus por sua longevidade e habilidade de adaptação. Agah já não se lembrava que um dia foi elfo, e não entendia porque alguns membros de sua tribo eram mortos ou sequestrados por humanos, havia constante batalha entre eles, e por isso, decidiu criar uma espécie de espiões para descobrir o paradeiro de seus irmãos.
Apesar de muitos orcs morrerem na missão, os poucos que retornaram disseram que torturavam seus entes e derretiam suas peles com pedras brilhantes e poções.
Uma frota foi criada com intuito de matar os humanos que estavam em constante batalha com eles, para que em seguida, destruíssem os elfos.
Na região de Agah haviam algumas vilas humanas, inclusive uma delas habitava os descendentes de Bjino, que fugiram para o norte. Após o massacre da região, o elfo que transportava os orcs sequestrados foi identificado pelos espiões.
O elfo disse a verdade sobre a Terra de Ninguém e que suspeitavam de que Agah era um antigo elfo líder de Valíria, um general de guerra, e que estavam tentando reverter a situação, transmutando-os para elfos novamente. Mesmo dizendo a verdade, foi torturado, mutilado e pequenos pedaços de sua carne foram distribuídos entre todos os orcs, pois acreditavam que conseguiam a força do guerreiro.
Valíria, ao ficarem sabendo disso, conversaram a respeito de cessarem os experimentos ao perceberem que já era tarde. Os orcs agora se espalharam pela terra como pragas, abundância e destruíram tudo pelo caminho. Apenas os alertaram que protegeriam os humanos do norte em caso de ataques.
Antes da grande guerra, os orcs foram obrigados a recuar para o extremo leste da região, pois as armas e armaduras dos anões eram superiores aos orcs. Por essa razão, houve a união de todas as tribos em um grande reino chamado Agah, em homenagem ao deus orc. Eles resistiram e melhoraram em pouco tempo seu arsenal de guerra. Ficaram conhecidos por derrotar seus inimigos e roubar os itens de guerra, adaptando e utilizando-os na batalha seguinte, além disso, em pouco tempo haviam diferentes espécies de orcs, maiores e mais fortes, com armas de guerra de grande escala.
Os anões, após verem que a região não apresentava mais fonte de lucro, a abandonaram.
Durante a grande guerra, os orcs uniram-se a humanos, elfos e gigantes, encontrando pela primeira vez uma causa comum. Muitos gostaram da guerra e do sangue, pouco se importando com os seus próprios mortos. Isso foi um atrativo para que Saint Bjino quisesse orcs em Belatria, para que quando novos orcs surgissem na região, não sentissem remorso caso guerreassem contra Agah, matando seus semelhantes e sua origem, e assim, seria a vingança perfeita dos Bjinos contra a raça que os expulsaram da sua terra de origem.
Após a guerra, os orcs dispersaram-se. Alguns permaneceram em Belatria, enquanto outros fundaram tribos ao norte de Pov’Nul, aprendendo agricultura em Kaa’ba, nome dado em homenagem à primeira criança que nasceu na região. Coexistindo com humanos, muitos orcs e humanos da região ganharam reputação em trabalhos sujos em guerras, vendedores de escravos, mercenários, rastreadores e até mesmo como seguranças e transportadores de cargas suspeitas, perpetuando sua presença no continente.
